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Mercúrio desaparecerá do céu noturno a partir desta sexta-feira (22) e ficará invisível por algumas semanas. Isso ocorrerá devido à conjunção solar inferior, um fenômeno em que o planeta passa entre a Terra e o Sol, se aproximando a uma distância de cerca de 46,2 milhões de km.
De acordo com os astrônomos, essa fase ocorre a cada ciclo sinódico de Mercúrio, que é o tempo necessário para que o planeta retorne à mesma posição relativa ao Sol quando observado da Terra, o que leva cerca de 116 dias.
Durante a aproximação máxima com o Sol, Mercúrio estará a apenas 2°08′ de separação do astro, o que tornará impossível observá-lo por um longo período devido à luminosidade solar. Isso marca o desaparecimento do planeta no céu noturno e sua transição para se tornar um objeto matinal nas próximas semanas.
Mas quando poderemos observar Mercúrio novamente? Segundo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), o planeta voltará a ser visível no céu junto com o novo ano, em 1º de janeiro de 2024.
Além disso, Mercúrio também estará no perigeu, o ponto mais próximo da Terra, quase ao mesmo tempo. Nessa ocasião, ele estará a uma distância de 0,68 Unidades Astronômicas (UA) do nosso planeta, ou seja, a apenas 101,2 milhões de km. Se fosse possível observá-lo, ele pareceria muito maior em nossos olhos devido a essa proximidade.
Essa conjunção solar inferior e o subsequente desaparecimento temporário de Mercúrio no céu noturno são eventos interessantes para os entusiastas da astronomia. Embora não possamos vê-lo por algumas semanas, é uma oportunidade única de acompanhar o movimento dos planetas e apreciar a grandiosidade do nosso sistema solar.