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Brasil tem potencial para impulsionar a descarbonização com veículos elétricos e híbridos
O Brasil, especialmente o estado de São Paulo, está em uma posição favorável para adotar tecnologias de veículos elétricos e híbridos como parte de sua estratégia de descarbonização. De acordo com especialistas, a combinação dessas tecnologias pode ser viável devido à matriz energética limpa do país e à disponibilidade de biocombustíveis.
Em entrevista, Bastos, renomado especialista no setor automotivo, destaca que o Brasil possui recursos energéticos abundantes, como biocombustíveis, que podem ser utilizados tanto nos veículos híbridos quanto nos elétricos. Ele ressalta ainda que a indústria automobilística brasileira é robusta e tem capacidade para produzir todos esses tipos de veículos.
No mês passado, durante uma visita à fábrica da Great Wall Motor (GWM) em Iracemápolis – adquirida da Mercedes-Benz -, o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, anunciou planos para isentar os carros híbridos e elétricos do pagamento do IPVA a partir de 2024. Na ocasião, ele enfatizou sua intenção de reduzir ou até mesmo zerar o imposto sobre esses veículos. Vale ressaltar que o modelo elétrico Dolphin, importado pela GWM, foi o veículo eletrificado mais vendido no país no mês de setembro.
Outro argumento utilizado pelo governador é a necessidade de considerar as especificidades da matriz energética paulista ao conceder incentivos fiscais. Segundo ele, o estado possui uma diversidade de recursos energéticos, principalmente biomassa, que podem ser explorados.
No entanto, Bastos contesta essa afirmação, ressaltando que 30% da energia em São Paulo é gerada a partir de biomassa, muitas vezes proveniente do bagaço de cana. Portanto, ao abastecer um carro elétrico, já estamos utilizando 30% de energia proveniente dessa fonte renovável.
Em contrapartida, na quinta-feira passada (19), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), expressou preocupação com o impacto dos veículos elétricos nos empregos. Em resposta, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) manifestou sua decepção com as declarações hostis dos governadores Zema e Tarcísio em relação ao desenvolvimento do mercado de veículos elétricos e híbridos no Brasil.
A ABVE ressalta que essas declarações vão contra os investimentos recentes realizados pelo setor automotivo no país, que têm sido direcionados para tecnologias mais limpas e sustentáveis. Além disso, destaca-se também a aquisição de antigas plantas industriais para a produção desses tipos de veículos, o que demonstra um compromisso das empresas em gerar empregos qualificados e promover a inovação tecnológica na indústria brasileira.
Diante disso, fica evidente a importância de proporcionar um ambiente seguro e estável para as empresas do setor automotivo, que já estão engajadas em impulsionar a transição para uma mobilidade mais sustentável no Brasil.