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O nascimento de uma criança é sempre um momento aguardado. Mas nem sempre amparado com a garantia de atendimento, o que faz toda a diferença no caso de grande parte das gestantes, que precisam se deslocar de um município a outra para serem devidamente assistida. E isso que acontece no Rio de Janeiro.
De acordo com o Sistema Único de Saúde, no Brasil 98% dos partos acontecem em ambiente hospitalar, sendo 77% deles realizados na rede pública. Mas um estudo apontou desigualdades no acesso à internação no estado.
Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade Federal do Rio de Janeiro analisaram dados do SUS, no período de 2010 a 2019, e verificaram que o deslocamento intermunicipal das gestantes para o parto hospitalar aumentou de quase 16 para 21% em dez anos.
Integrante do grupo de pesquisa de Inovação em Saúde de Populações Negligenciadas da Fiocruz, a bióloga Bruna Fonseca relata que dependendo do município onde a gestante reside, ela percorre distâncias maiores e, consequentemente, gasta mais tempo para chegar ao hospital.
A pesquisadora esclarece que essa análise não identificou nenhuma associação do maior deslocamento à mortalidade neonatal. No entanto, ela salienta que o atraso no atendimento obstétrico pode sim levar a maiores riscos à mãe e à criança.
Os pesquisadores agora analisam informações nacionais e já identificaram desigualdades ainda maiores em estados do Nordeste, onde mais da metade das gestantes precisa se deslocar para atendimento ao parto. Eles esperam que essas informações possam ajudar a criar políticas públicas que auxiliem em uma organização melhor dos serviços de saúde, facilitando o acesso às mulheres que precisam.
marizete.souza
Fonte: Agencia Brasil.
Fri, 05 Jul 2024 11:01:45 +0000