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Mulheres diagnosticadas com câncer podem congelar óvulos antes do tratamento, e assim, manter a chance de engravidar depois da recuperação. Mas, o que poucas sabem é que o procedimento pode ser feito, de graça, pelo SUS. Na rede privada, o custo é superior a R$ 30 mil.
É o caso da Jéssica, de 35 anos, que vive em Salvador, mas há três meses está em São Paulo para tratamento contra um câncer de mama. Ela acreditava que a doença atingia apenas mulheres mais velhas e ficou surpresa quando soube da possibilidade de congelar os óvulos para tentar engravidar depois do tratamento oncológico. Jéssica ainda não tem filhos.
“Quando falaram que o SUS, que o Hospital da Mulher, ia fazer toda a cobertura, que eu não teria um custo, foi uma ótima notícia. Ter a possibilidade é algo muito bom, porque a gente não sabe como ai ser a nossa mente em 10, 15 anos. Não tenho planos, mas gostaria de ter a possibilidade de escolha, mais pra frente”.
Milka Donadío, médica responsável pelo Laboratório de Reprodução Humana Assistida do Hospital da Mulher, em São Paulo, explica que os óvulos congelados não envelhecem. Muito pelo contrário: podem ser preservados por tempo indeterminado. A médica explicou que o procedimento é agilizado, dura menos de 20 dias para que não atrasar o início do tratamento de quimioterapia. Mas, a especialista ressaltou que é preciso levar em conta a condição de cada paciente, como por exemplo, a idade.
“Congelar óvulos não é garantia futura de gravidez. É uma possibilidade futura de gravidez. Quanto mais jovem o óvulo, ele tem melhor qualidade e ela produz um número maior de óvulos”.
O Brasil conta com 161 Centros de Reprodução Humana Assistida, de acordo com a Anvisa – a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Dez deles oferecem o tratamento pelo SUS, em sete cidades brasileiras: São Paulo, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Natal e Belo Horizonte.
francislene.paula
Fonte: Agencia Brasil.
Mon, 08 Jul 2024 23:19:52 +0000