História Hoje: em 2009, pandemia do H1N1 era anunciada pela OMS

Um vírus que nunca tinha sido identificado como causa de infecções em humanos foi o responsável pela primeira pandemia global do século XXI. O H1N1 teve origem no vírus influenza de animais, e por conta disso, a doença foi chamada popularmente de “gripe suína”.

O surto da doença começou em março de 2009 na América do Norte e logo se espalhou pelo mundo. Em 11 de junho daquele ano, a Organização Mundial da Saúde declarou que se tratava da primeira pandemia de gripe em 40 anos.

Provocando sintomas similares a uma gripe comum, as infecções foram registradas inicialmente no México e nos Estados Unidos. Em pouco tempo, a transmissão do novo vírus da Influenza A chegou a diferentes regiões do mundo.

E, em junho, com quase 30 mil casos confirmados em 74 países, a OMS alertou que aquela era uma pandemia de gripe de gravidade moderada. No mês seguinte, tiveram início os testes de uma vacina contra a gripe H1N1.

Do dia 19 de Abril a 5 de Dezembro de 2009, 82 países registraram casos da doença. O número total de infectados ultrapassou a marca de 350 mil. Em janeiro de 2010, 97 países solicitaram vacinas à OMS.

Em 10 de agosto de 2010, a OMS declarou o fim da pandemia global de gripe H1N1. Foram notificadas oficialmente cerca de 18 mil mortes pela doença entre abril de 2009 e agosto de 2010 em todo o mundo. No Brasil, em 2009, foram registrados quase 60 mil casos e mais de 2 mil mortes.

Uma estimativa do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos aponta que o número de vítimas fatais no mundo pode ter sido 15 vezes maior do que as mortes confirmadas em laboratório.

Mesmo com o fim do período pandêmico, passados quinze anos, o H1N1 continua circulando em todo o mundo como vírus de gripe sazonal. A OMS recomenda “a vacinação anual como forma de reduzir a morbilidade e a mortalidade causadas pelos vírus da gripe”.