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O mês de março, em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, também marca um período de atenção especial à saúde feminina, com ações voltadas a esse público. Uma dessas mobilizações é a campanha Março Lilás, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o combate ao câncer de colo uterino. A doença é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
A conscientização é importante porque, na maioria das vezes, o câncer de colo de útero pode ser evitado. O chefe do setor de Ginecologia do Instituto Nacional de Câncer, Gustavo Guitmann, fala sobre as formas de prevenção desse tipo de câncer.
“O mais importante hoje é a vacinação contra HPV, exames preventivos regulares com a captura híbrida do HPV e o uso de preservativo e o sexo seguro”, afirma.
A doença é causada pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano. Nesses casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Estima-se que cerca de 80% da população sexualmente ativa já tenha entrado em contato com o vírus.
A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos. A imunização ajuda a prevenir até 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.
A presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Angélica Nogueira, explica porque é tão importante que tanto meninos quanto meninas se vacinem.
“A vacinação de meninos é fundamental porque eles passam o vírus também para as meninas. Então é importante é bloquear toda a cadeia de infecção pelo HPV. Além disso, os meninos podem ter várias doenças associadas ao HPV, como cânceres. Câncer do pênis, do canal anal, câncer de orofaringe acontecem no sexo masculino e são relacionados ao vírus do HPV. A vacina também protege contra subtipos dos vírus relacionados às verrugas genitais”, explica.
Além da vacina, o exame preventivo, conhecido como papanicolau, deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual. O papanicolau é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que, se forem tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos e não evoluem para o câncer. A avaliação preventiva ocorre por meio da coleta de secreção tanto da parte externa quanto interna do colo do útero.
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Fonte: Agencia brasil EBC..
Thu, 13 Mar 2025 21:44:26 +0000
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