Passado o período de carnaval, foliões com sintomas gripais, como tosse, coriza e dor de garganta devem ficar em casa e focar na sua recuperação. E se for indispensável ir à rua, a máscara deve ser uma fiel companheira. As regras fazem parte da etiqueta respiratória e valem para todos os momentos no pós folia, já que as aglomerações que marcam esse período favorecem a transmissão dos vírus respiratórios. Mesmo sem sintomas, também é prudente esperar alguns dias antes de encontrar pessoas que têm maior risco de desenvolver formas graves de infecção, como explica a pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portella.

“A gente recomenda essas medidas agora, depois do carnaval, porque é uma época em que as pessoas acabam se aglomerando mais, o que aumenta a chance de transmissão desses vírus respiratórios.  Então, mesmo quando a pessoa não apresenta sintomas, ela pode estar assintomática também, e ainda assim transmitir esses vírus. Então, é importante, logo depois desses eventos, a gente tomar esses cuidados.”

Entre os mais vulneráveis estão os idosos, especialmente aqueles com idade mais avançada e que já têm alguma comorbidade. E as pessoas com problemas imunológicos. Apesar de a pandemia ter terminado, a covid-19 ainda é a maior causa de óbito entre os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave de origem viral.  Mas vírus como VCR e influenza também podem evoluir para quadros graves e levar à morte.  

Casos virais leves normalmente melhoram após alguns dias de reforço na hidratação e na alimentação e o uso de analgésicos para aliviar o desconforto. Mas algumas pessoas podem evoluir para quadros mais graves. A recomendação é procurar uma unidade de saúde caso surjam sintomas como vômito e diarreia fortes ou persistentes.