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Jacqueline Iris Bacellar de Assis, presa por suspeita de envolvimento no caso de contaminação de transplantados por HIV no Rio, afirmou em depoimento à polícia que a equipe do laboratório PCS Saleme soube antecipadamente de uma fiscalização da Vigilância Sanitária.
Ela informou que os funcionários receberam ordens superiores para regularizar a unidade antes da inspeção. As instruções, segundo revelou, foram fornecidas por meio de um grupo em um aplicativo de mensagens instantâneas.
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Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que não houve qualquer contato prévio de fiscais da Vigilância Sanitária com a empresa, antecipando a fiscalização.
Jacqueline Bacellar ainda afirmou em depoimento que Walter Vieira, um dos sócios do PCS Saleme, que segue preso, deu ordens a todos os setores do laboratório, em janeiro, para que economizassem insumos.
A determinação incluia o controle de qualidade dos reagentes usados para análise do material de pacientes e também dos órgãos para doação.
Walter Vieira ainda teria dado instruções para que a calibragem dos aparelhos usados para os exames, que deveria ser feita todos os dias, fosse realizada semanalmente. Jaqueline disse que as ordens foram colocadas em prática em todas as unidades do PCS Saleme.
Ela negou qualquer envolvimento no caso dos transplantes contaminados com o vírus da aids.
Além de Jacqueline Bacellar e Walter Vieira, seguem presos temporariamente outros dois funcionários do laboratório: Cleber de Oliveira dos Santos e Ivanilson Fernandes dos Santos. Até o encerramento desta matéria, não houve retorno da defesa do PCS Saleme.
O caso ganhou as manchetes do país na última sexta-feira (11), quando a Secretaria Estadual de Saúde confirmou que seis pacientes transplantados foram infectados com HIV, após receberem órgãos de dois doadores que tinham o vírus. O laboratório responsável pelos testes, o PCS Saleme, tinha liberado resultados de testes falsos.
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liliane.farias
Fonte: Agencia Brasil.
Fri, 18 Oct 2024 19:05:26 +0000